sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Accursed: Instinto - primeira aventura publicada por mim

Ontem, como presente de despedida de 2015 e boas vindas de 2016, saiu no site da Retropunk a minha aventura para Accursed, Instinto:

http://retropunk.net/store/accursed/164-accursed-instinto.html




Eu mestro desde que comecei a jogar RPG. Na verdade prefiro o termo "narro", pois comecei com Storyteller. Mas eu sempre tive dificuldades para escrever aventuras, uma vez que para mim, as ideias sobre o que deve acontecer durante o jogo sempre foram muito maleáveis.

Eu sempre trabalho com uma ideia principal, algumas ideias derivadas, um monte de NPCs, localidades, definições de cenário. Mas o que vai acontecer e como vai acontecer dependem muito da reação dos jogadores, ou seja, em última instância, às ações dos personagens.

Quando eu comecei a narrar eu tinha plots mais rígidos, aventuras mais lineares. E ficava frustrada com isso, porque apesar de às vezes essa rigidez levar a cenas mais épicas, tudo parecia forçado e artificial. Então comecei a largar mão da previsibilidade, e deixar as minhas ideias flutuando dentro da minha cabeça. Só as fichas de npcs e criaturas, e um ou outro esquema de cenário acabavam tomando forma física.

Por isso, quando o Fernando me perguntou se eu queria escrever uma aventura para Accursed, minha primeira reação foi entrar em pânico. Minha segunda reação foi aceitar a responsabilidade, mas ainda em pânico. Minha terceira reação foi escrever a aventura tomada pelo pânico. Pela insegurança de que eu não tinha jeito para a coisa, que não ia dar conta. Mas à medida em que eu ia escrevendo, percebi que não era tão ruim assim. Dava pra deixar as coisas dependentes da reação dos personagens mesmo em uma aventura pronta.

Com isso, Instinto tem um monte de personagens e fichas, e algumas delas pode ser que o mestre não vá usar. Se não usar, pode reaproveitar em outra sessão. Se não usar, não significa que não explorou todo o potencial da aventura. Provavelmente vai significar que o grupo explorou pontos do plot que eu não previ enquanto escrevia. E se isso acontecer, eu gostaria de ter um retorno.

Como é a minha primeira aventura escrita e publicada na íntegra, gostaria que os leitores e principalmente, as pessoas que mestrarem ela, exponham suas opiniões e experiências. É o único jeito de eu melhorar como mestra e como escritora. Só sejam gentis na hora das críticas, pois sou sensível com o meu bebê,

Quando eu terminei de escrever a aventura fiquei satisfeita com o resultado final. Sensação de dever cumprido. Não sou boa desenhista, mas resolvi rabiscar a minha concepção para o Tikbalang, Maldito apresentado na aventura. Tikbalang é uma criatura do folclore das Filipinas, mais um monstro de nosso imaginário adaptado para o cenário. Dei uma olhada em várias imagens, e apesar do monstro ser bípede, acabei desenhando a versão quadrúpede do mesmo, inspirada nessas imagens.


É assim que eu imagino o Tikbalang. Talvez com os braços mais compridos, mas minha limitação como desenhista amadora não me permitiu fazer direito:


Bons sonhos. Baixem a aventura e me contem o que acharam.

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